segunda-feira, fevereiro 27, 2012

coise

parece o discurso recalcado de uma menina entre homens, mas apetece-me partilhar

"Ele há dias em que sou atacada por uma sub espécie de Síndrome de Tourette, assim para o adaptado ao meu belo prazer, às situações que me apetece, quando me apetece.

Na boa, a sério que estou farta do discurso da machista que se tem numa conta desgraçada, da janada, que se tem numa de muita louca, tipo atirei-me de uma duna e foi um flip, acho que já só eu é que digo flip, coisas da idade, da que se refere às outras mulheres por gajas - odeio a palavra - e se acha uma masculina.(....)

E para darem credibilidade à sua postura estranha, vai de tratar todas as mulheres, que elas não o são, claro que não, como seres dados a tpms, elas não as têm, não, são umas bafejadas pelas hormonas, dadas a histerias, elas não as têm, claro que não, isso é coisa de gaja - odeio a palavra - dadas a dramas, elas não os têm, claro que não, até porque ter o cabelo para aqui ou para acoli é exactamente o mesmo, é extremamente cool.
Olha, eu cá, tenho sempre as put@s das hormonas aos saltos. Um dia gosto disto, mas no dia seguinte instala-se o horror. Quase que gosto da tpm e seus caprichos. Gosto de vernizes. Gosto de chorar em frente do espelho, porque me cortaram dois milímetros do cabelo, e reparar qual o meu melhor ângulo. Gosto de suspirar por um par de saltos assassinos. E gosto dos meus dramas. Quer dizer, gosto e não gosto, mas também não me apetece explicar quando gosto e quando não gosto. E tenho dias em que não gosto nada disto de ser mulher, odeio as hormonas e já cortava o cabelo. Tenho dias. Nada a fazer, um caso perdido. Oh que pena que tenho de mim.
Tenho para mim que um gajo - no masculino continuo a odiar - porreiro com um pipi, não é coisa boa, nem para eles, que não percebem lá muito bem para que serve aquele pipi, nem para elas, que não estão aqui, nem ali. "

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docinho de maracujá