senti uma necessidade tremenda de partilhar o que estou a sentir
hoje escrevo directamente da cama
comprei uns blackouts para as janelas do nosso quarto. há cerca de 2 anos e 7 meses que dormimos com a claridade da noite e do dia. só deus sabe as horas de descanso que isso me tirou! quantas manhas de fim de semana quis ficar no escurinho a dormir e as 6h da manhã além de o sol já ir bem alto está uma barulheira lá fora que não se aguenta.
portantanto,
hoje escrevo directamente da cama e às escuras!
é Sábado e o Miguel foi trabalhar. hoje fui eu que fiquei na cama!! não fui trabalhar!!! despedi-me da empresa que me trouxe para cá e vou trabalhar para uma empresa nova, sul africana, grande e organizada, pelo que dizem. tenho a próxima semana de férias para tratar de todos os assuntozinhos que fui adiando durante os últimos tempos. também gostava que estivesse sol para dar uma corzinha a esta pele de inverno, era uma coisa que me faria feliz.
mas não é por estes motivos que estou a escrever...
hoje fiquei a ver um filme na cama e adormeci entretanto... acordei com um cheirinho indescritível que me levou à minha casa! a Susana está a fazer o bacalhau que trouxemos de Portugal no Natal e o cheirinho é exactamente o mesmo que sentia em minha casa, nos dias frios de inverno quando acordava tarde ao fim de semana e os meus pais já estavam a fazer o almoço.
estou no céu, na minha cama extra fofa com o edredon incrível que trouxe de nelspruit, devem estar uns 15ºC lá fora! com meias de dormir e pijama de flanela, a ver filmes e comer cereais na cama
enquanto vou dormindo e esperando que o o Miguel chegue para almoçarmos aquele bacalhau que os meus pais nos mandaram! isto para mim é a descrição da felicidade!
faltam-me muitas coisas e pessoas deste lado do mundo, essencialmente os meus pais... mas não quero pensar nisso agora para não ficar triste. e é assim dividida que fico quando me sinto feliz e em casa, deste lado do mundo. quase me sinto culpada por me também me sentir feliz longe deles. a verdade é que tenho momentos de felicidade completa deste lado do mundo, tenho metade da minha família do lado de cá concentrada numa só pessoa que me faz para lá de feliz. e é esta a realidade.
custa deixar de ser só a menina dos pais (isso nunca vou deixar de ser) e ter um LAR que não foi aquele que eles me deram. mas é este o sentido da vida, e isto foi-se instituindo sem que houvesse uma decisão ponderada, foi acontecendo, foi-se construindo o NOSSO LAR.
custa-me que tenha acontecido tao longe do sitio onde pertencemos, mas foi bom por outros mil motivos. eu sempre quis uma aventura deste género, sempre quis saber como era viver longe do que conhecia! mas embora tenha sonhado com isso também, um dia, num cenário pitoresco que idealizava.. hoje o que gostava era de voltar para junto dos sítios e das pessoas que conheço e continuar a construir este lar por aquelas bandas. onde eu cresci!
sábado, julho 12, 2014
terça-feira, julho 08, 2014
#decidir
até quando vou ficar por estas bandas?
não faço a mínima ideia
prazo estipulado: final de 2015
vai ser cumprido?
não faço a mínima ideia
Quero muito voltar a Portugal mas não queria regredir em termos profissionais, não queria ter de me sujeitar outra vez a um trabalho e a um salário pequeninos quando vejo aqui tantas oportunidades de evolução.
O trabalho não é tudo, o dinheiro muito menos. Tenho saudades da minha família e dos meus amigos. Perco tanta coisa por estar longe! Coisas que nunca vou poder recuperar, coisas que não têm preço!
Sinto que estou numa fase decisiva... temos de decidir se assentamos por aqui uns tempos ou se nos começamos a preparar para voltar! Acho sempre que vamos voltar, mas quando começo a fazer contas à vida as coisas desenham-se de outra forma...
não faço a mínima ideia
prazo estipulado: final de 2015
vai ser cumprido?
não faço a mínima ideia
Quero muito voltar a Portugal mas não queria regredir em termos profissionais, não queria ter de me sujeitar outra vez a um trabalho e a um salário pequeninos quando vejo aqui tantas oportunidades de evolução.
O trabalho não é tudo, o dinheiro muito menos. Tenho saudades da minha família e dos meus amigos. Perco tanta coisa por estar longe! Coisas que nunca vou poder recuperar, coisas que não têm preço!
Sinto que estou numa fase decisiva... temos de decidir se assentamos por aqui uns tempos ou se nos começamos a preparar para voltar! Acho sempre que vamos voltar, mas quando começo a fazer contas à vida as coisas desenham-se de outra forma...
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